sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Como fazer uma piscina natural


Itens fundamentais para a sua piscina natural
1) ÁGUA. Se fornecida pela rede pública de abastecimento, precisa receber um produto para livrá-la do cloro antes de encher o tanque. Após certo tempo recirculando num sistema equilibrado, chega a se tornar potável. Sem adição de químicos, é mais transparente e leve do que o líquido de uma piscina convencional.
2) PEDRAS. Opcionais, ajudam a compor um visual orgânico. “Granitos e gnaisses são os mais indicados, além de seixos”, orienta Guy Retz Godoy dos Santos, proprietário da empresa paulista Ecosys. “Evite rochas calcárias e ferrosas, pois podem liberar minerais, e peça sempre do fornecedor o certificado de que a lavra tem autorização do Ibama”, diz ele.
3) AREIA. De um tipo especial para lagos, é bastante usada para dar acabamento ao fundo das piscinas naturais e cobrir suas bordas, onde muitas vezes repousa a manta elástica. Agradável ao pisoteio, fica momentaneamente em suspensão, tornando a água turva sempre que alguém entrar no tanque.
4) MANTA DE BORRACHA. Unanimidade entre os especialistas, o impermeabilizante superelástico da marca Firestone é disposto sobre uma tela drenante (que protege o material emborrachado de furos causados por raízes) colocada diretamente no poço escavado na terra. Sua aplicação também evita que o tanque perca água em caso de movimentação do terreno e seja contaminado pela água presente no solo do entorno.
5) FILTRO BIOLÓGICO E LÂMPADA ULTRAVIOLETA. Dimensionar corretamente esta dupla é o segredo para um bom banho. Submerso, o primeiro equipamento capta partículas e sujeiras grandes (como folhas) que flutuam. Depois, a água entra em contato com bactérias que consomem os micronutrientes (nocivos à saúde) resultantes da decomposição do material orgânico. Por fim, o líquido é submetido à ação de raios UV, aliados que eliminam algas e germes. Apenas um especialista pode determinar os modelos adequados para a piscina, conforme seu tamanho e suas características, considerando que o conjunto deve funcionar 24 horas por dia, ser silencioso e durável, além de consumir pouca energia. Observados esses cuidados, a manutenção se resume às trocas mensal da peneira do filtro e anual da lâmpada.
6) PEIXES. São importantes porque se alimentam das larvas de insetos. Entre os tipos indicados, há grandes (como as carpas da foto, os curimbas e os piraputangas) e pequenos (lambaris, mato-grossos e tetras), além dos que comem todo o limo que se forma no fundo e nas pedras. “Apesar do estranhamento inicial, meus clientes sempre optam por tê-los. No final, gostam muito desses companheiros ágeis e tímidos”, conta Estelle Dugachard, engenheira agrônoma especialista no assunto.
7) PLANTAS AQUÁTICAS. “Com alto poder filtrante, elas consomem o resíduo gerado pelos peixes, que, de outro modo, viraria alimento para algas”, diz Carlos Favale, sócio da Ecovalle. Há espécies fixadas na terra que se projetam sobre a superfície, outras de fundo e as flutuantes, a exemplo de alface-d’água, aguapé, chapéu-de-couro, taboa, papiro, mureré e ninfeia. Algumas se multiplicam tanto e tão rapidamente que precisam ser podadas.
Movida pela emoção e pela crença na capacidade embelezadora e transformadora do verde, Renata Tilli vai além da abordagem técnica e acadêmica da natureza. Para ela, que herdou do pai e do avô o gosto por entender e trabalhar a terra, paisagismo não é apenas um ofício. É um jeito de ser e estar no mundo. Quem a vê atuar nota que a profissional conhece as plantas, seus ritmos, humores, e se dedica a captar o que as espécies comunicam. Não se trata de mera bandeira, e sim de convicção íntima. Autora de projetos premiados em parceria com renomados arquitetos do país, Renata protege dos holofotes a casa-escritório que mantém em São Paulo, pequeno enclave verdejante na zona sul da cidade. A agradável surpresa do terreno – que preserva seu traçado original, bem como boa parte das plantas que brotaram espontaneamente ali – é a bela piscina natural. Nos últimos anos, a paisagista virou uma entusiasta desta solução parecida com o lago ornamental, bastante comum na Europa já há algumas décadas, mas ainda pouco difundida e praticada por aqui. Como de costume, ela aprendeu o assunto na prática. Em 2010, reservou a área mais baixa e plana do amplo lote, moveu um pouco de terra para desenhar a borda externa do tanque e deu prosseguimento à rotina: aplicação de manta impermeabilizante, acomodação das pedras, instalação de deck e motor, e implantação do paisagismo. Contou com a consultoria da engenheira agrônoma Estelle Dugachard e da equipe da empresa Ecosys para viabilizar o ambiente orgânico, repleto de peixinhos, onde ela e o marido se refrescam no verão ou sempre que sobra tempo na agenda para um mergulho entre os compromissos. Com seu bom gosto e grande liberdade criativa, mesclou espécies para compor um entorno vicejante o ano todo.

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