quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Artista Coreana - Sehwa-Bae






Pavillons Monte-Carlo - Mônaco

Les Pavillons Monte-Carlo por Richard Martinet.
Arquitetos: Affine Projeto
Paisagismo: Jean Mus

Os cinco pavilhões de diferentes tamanhos, que vão 220 a 600 metros quadrados cada, atingindo um máximo de 10 metros de altura.
A estrutura dessas formas redondas, envolta em uma concha facetada de paineis de alumínio branco, inspirados nos seixos encontrados nas praias Riviera, consiste em células desmontáveis e vai abrigar até 2018 algumas das marcas de prestígio do mundo como Balenciaga, Boucheron, Saint Laurente, Akris, Miu Miu, Alexander McQueen, Bottega Veneta, Lanvin, Chopard e muito mais.








quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Oscar Niemeyer - Casa Cavanelas – Uma análise da obra

É inegável a contribuição dada por Niemeyer à arquitetura moderna brasileira e mundial. Foi através da grande identidade formal, da originalidade obsessiva em compor os arranjos e da conquista na universalização dos elementos visuais de suas obras que ele ficou mundialmente conhecido.
Essas características podem ser facilmente observadas através de suas edificações, como as curvas sinuosas empregadas no conjunto da Pampulha (Minas Gerais), as colunatas trabalhadas nos palácios de Brasília, os espaços livres que circundam e permeiam os edifícios, como visto na Universidade de Constantine (Argélia), os brises elegantes e sinuosos que circudam o Edifício Copan (São Paulo), como também nos balanços alcançados no Museu Oscar Niemeyer – ‘museu do olho’ (Paraná).
Mas as obras desse grande arquiteto não se resumem apenas aos grandes monumentos. As casas por ele projetadas merecem destaque no conjunto da sua obra por, muitas vezes, conseguirem acompanhar o pensamento e partido adotado nos inúmeros monumentos construídos. Percebe-se também que elas, em vários casos, antecipam alguns conceitos postos em prática posteriormente, onde podemos traçar um panorama das consequências da estética, da funcionalidade, da técnica e de inúmeros outros eixos que permeiam sua obra, podendo assim, se extrair com mais exatidão, a essência e o contexto da sua produção.
Os projetos residenciais também se apresentam importantes, por traçar comparações lógicas entre o que se produzia pelos grandes arquitetos modernistas da década de 50 e o que Niemeyer ousou fazer em terras brasileiras. As casas do arquiteto foram um grande campo livre para as suas experimentações, onde buscou provar suas convicções arquitetônicas e tentou – e conseguiu – imprimir sua linguagem projetual.
A Casa Canavelas
A casa Canavelas é uma casa de campo que foi concluída em 1954, concentrando os vários aspectos modernistas e que já permeavam as obras de Niemeyer: a leveza visual da estrutura, com uma planta e desenho simplificado onde há a continuidade dos espaços e integrando-se tanto internamente quanto com o meio externo. Ainda tem importância, o uso que o arquiteto fez da pedra e do metal, contrastando o que ele produziu anteriormente – como o complexo da Pampulha – com o uso do concreto.
Para completar a concepção arquitetônica, o paisagista Roberto Burle Marx se juntou ao projeto e contribuiu delineando o ambiente externo, com jardins simétricos e sinuosos.
Localização
Ao se verificar o local onde a casa foi construída, percebemos a forte presença de montanhas marcando a topografia circundante. O distrito de Pedro do Rio, aonde está localizada, possui uma população de aproximadamente 12.000 habitantes e fica distante a 27km do centro de Petrópolis. Incrustada entre montanhas, a casa Canavelas repousa sobre um vale fértil onde a mata, quase intocada, encanta pela beleza. O clima predominante da região é o tropical úmido, com características particulares devido a sua localização nas montanhas; com temperatura média que oscila entre 17° a 21°.

Ao analisar o quadro de áreas da Casa Canavelas, é possível perceber a primeira vista, o seu caráter informal como casa de campo devido à porcentagem de ocupação de cada área na edificação. Por ser uma casa de campo e consequentemente ser uma edificação parte do modernismo brasileiro, observa-se a integração entre os ambiente, com simplificação da planta. Os espaços comuns – setor social com 22,8% da área total construída – se sobrepõem em dimensões sobre os espaços íntimos – os quartos que ocupam 16% – evidenciando sua aptidão para o lazer, contemplação e principalmente, como lugar para reunião da família.

Identificação da planta baixa


Zoneamento






Planta baixa
A casa possui uma planta bastante simples, com um módulo mais restrito contento três quartos, cozinha, banheiro e lavabo, separados do outro módulo social por meio de uma parede de pedras que se desdobra até o gramado do jardim. Apesar de simples e possuir áreas livres e bastante interligadas ao olhar, a planta demonstra certa rigidez pelo seu forte agrupamento de funções. Contra essa rigidez, os espaços sociais não impõem limites e se complementam com o ambiente ao redor em função do local onde está inserido, gerando fluidez da visão e dos fluxos e integração com o jardim.
Diferencialmente como qualquer outro tipo de residência, a casa Canavelas não possui uma entrada caracterizada como a principal; é possível ingressar por meio de qualquer um dos dois lados da casa através de qualquer uma das quatro portas de vidro que estão localizadas na área social, dispostas na fachada leste e oeste. Além desses quatro acessos, por meio da porta da cozinha, é possível entrar na casa, mas esta passagem serve essencialmente às atividades realizadas e referentes à cozinha.
Uma das principais vantagens observada ao analisar a planta da residência é a área gerada através da extensão da cobertura, que excede o perímetro da planta, formando terraços ao redor da casa, de onde surge também a garagem. A divisão desses ambientes externos – o terraço e a garagem – é feito através do revestimento do piso, dividindo discretamente as atividades.
Fluxos





Estrutura

Os elementos estruturais da casa Canavelas são dispostos da seguinte maneira: são quatro colunas em formato de trapézio que sustentam a cobertura curva; além disso, duas paredes dispostas, uma entre a sala de jantar e a cozinha e outra entre a sala de estar e a garagem – ambas de concreto e revestidas de pedra – parecem serem utilizadas estruturalmente para apoiar a cobertura treliçada. Inclusive, essa cobertura foi mantida a vista no projeto, sem revestimento nas laterais, valorizando a solução estrutural que foi adotada.
Cobertura
A cobertura em duas águas do tipo borboleta, já esteve presente nos projetos do Iate Clube e na Casa Juscelino Kubitschek, ambos na Pampulha, e no Iate Clube Fluminense no Rio de Janeiro, mas côncavo, era a primeira vez que Niemeyer ousava em sua forma. Esse tipo de cobertura utilizada na Casa Canavelas, além de formalmente ser de fácil compreensão e adaptação, permite uma diferença de pé direito dentro dos vários cômodos da residência, obtendo mais harmonia e leveza tanto no exterior quanto no interior.
A inflexão que a cobertura dá não possui simetria, não se encontrando exatamente no meio do vão; sua curvatura se apóia sobre a maior parede, aquela que define a cozinha e a sala de estar e exatamente sob essa curvatura é que se encontra um dos dois coletores pluviais; a outra calha foi disposta junto à outra parede de apoio da cobertura, onde também está localizada a lareira.
É importante visualizar que a cobertura contempla mais áreas além das paredes da casa, proporcionando a criação de terraços sombreados ao redor da residência.

Soluções formais
Niemeyer ousou já na implantação da casa no terreno, sendo ela disposta transversalmente à óbvia linearidade do vale; a forma concretiza a vontade do arquiteto em dispor a residência daquela maneira, pois do modelo em que foi implantada, o seu teto côncavo – a parte formal mais evidenciada da casa – transmite uma sensação de continuidade do terreno, do ambiente na qual está inserida, cheio de vales e montanhas. A casa em si possui uma forma simples e muito leve aos olhos, onde a racionalidade das linhas conquista.
Há um contraste entre as fachadas opostas transparentes (leste e oeste), contras as demais (norte e sul), que são opacas. Ambas as fachadas opacas, onde há predominância da transparência, ficam em dispostas transversalmente às paredes laterais e possibilitam a contemplação de todo o jardim a partir do interior da casa.
As paredes em contraste com os grandes panos de vidro, que compõem as esquadrias da área social, se revelam como personagem principal no visual. Assumem tal importância devido ao seu revestimento em pedra e, em ambos os casos, pela sua continuidade além dos limites da cobertura, uma que transpassa o teto e a outra que inicia no interior da residência e acaba no jardim, se firmando na composição dos planos visuais. 
Conforto ambiental
Com predominância de ventos na região vindos do sudeste, seguidos dos ventos do sul, a casa Canavelas consegue aproveitar a ventilação natural nos dias mais quentes. Os quartos são resguardados, sendo a incidência dos ventos, diminuída pela proteção do muro de pedra presente no meio da planta. Essa medida talvez tenha sido tomada devido as temperaturas do local serem mais amenas, com clima de serra, as temperaturas médias da cidade de Pedro do Rio giram em torno de 17° a 21°.
A disposição da residência no terreno também toma partido da obtenção de calor através da passagem do sol, pois suas maiores fachadas estão dispostas (leste/oeste) de maneira a permitir a captação da luz solar. Essa disposição também é evidenciada pelo clima local, de temperatura amena.
Os quartos possuem amplas esquadrias que permitem a circulação do vento, inclusive, todos eles possuem em suas esquadrias, brises para proteção contra o sol. Na área social os ambientes, apesar de serem bastante abertos, dispõem de uma lareira feita de alvenaria e que serve para controlar a temperatura nos dias mais frios. Na área molhada, Niemeyer se utiliza de um artifício curioso, também utilizado anteriormente na Casa das Canoas: o uso de um forro perfurado, que permite a renovação do ar, deixando de dispor janelas nesses ambientes. Para a passagem de luz natural, no banheiro maior, foram dispostos uma linha de tijolos de vidro na alvenaria, na parte superior junto ao forro, mantendo a parede totalmente cega para o exterior. Já no lavabo ele optou apenas pela ventilação através do forro perfurado, mantendo-o sem entrada para luz natural. A cozinha é servida de luz natural através das grandes esquadrias de vidro que servem, também, como acesso de serviço.


Integração com o entorno
A própria opção do arquiteto em curvar a cobertura da residência destacou um fato importante: apenas o solo se mantém como único elemento horizontal na paisagem. Essa concavidade influiu na adaptação formal do projeto ao terreno. Além disso, a composição dos ambientes, os materiais utilizados, o desencontro das superfícies; reforçam ainda mais a integração ao ambiente externo. Por exemplo, os panos de vidro das esquadrias que compõem a área social, admite a continuidade visual da área com o jardim, ou seja, a troca de informações, o diálogo entre a construção e o exterior é constantemente percebido, seja pela vista que se troca entre os ambientes, seja pelos contornos das montanhas e do jardim percebidos.
Aliás, o jardim é outro ponto fundamental da concepção do projeto e de sua relação com o entorno. Projetado pelo paisagista Burle Marx, o jardim se divide em duas concepções formais; do lado leste da propriedade tem-se um desenho curvilíneo com formas livres que reproduzem a independência da natureza ao seu redor. Na porção oeste, modernas formas retilíneas se impõem na paisagem abraçando perfeitamente a piscina, que ocupa alguns quadriláteros desta composição simétrica. Um quadriculado extremamente bem delineado salta aos olhos, se diferenciando de tudo o que está ao seu redor.
É um projeto bastante ousado pela adoção de uma composição que abrange temáticas formais tão distintas, deixando a cargo da obra do arquiteto, intermediar tais diferenças. 




Fonte: A 44 Arquitetura / Arquitetônico

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Mirante construído em vulcão ativo tem uma das mais belas vistas do Equador

Projetado pelos arquitetos Javier MeraJorge Andrade e Daniel Moreno sob encomenda do Ministério de Turismo do Equador, o mirante oferece a seus visitantes duas formas de apreciar a vista da paisagem local. Uma plataforma em balanço oferece aos visitantes uma experiência mais arrojada em um local onde é possível ver a cratera do vulcão, enquanto uma superfície inferior com arquibancadas oferece aos visitantes um local mais seguro e confortável com guarda corpos altos que protegem do vento para apreciar a vista pacífica do lago azul de Quilotoa.



Inspiração!